Maternidade em que 21 bebês morreram em alagoas

A Maternidade Escola Santa Mônica, em Alagoas, onde 21 recém-nascidos morreram só em abril deste ano, não será fechada, informou a Secretaria de Saúde do Estado, na manhã desta sexta-feira (30). O relatório da Vigilância Sanitária sobre a causa da morte dos bebês descartou que tenha sido por infecção hospitalar e, segundo a secretaria, por esse motivo não corre risco de o hospital ser interditado.

De acordo com a secretaria, com o descarte da infecção hospitalar, o Estado e a Uncisal (Universidade de Ciências da Saúde em Alagoas), que toma conta da maternidade, vão enviar notas para esclarecer a população e reiterar a manutenção dos serviços na Maternidade Escola Santa Mônica.

Dados mostram que 12 dos bebês que morreram eram de outros municípios e chegaram à maternidade em Alagoas depois de mais de três horas de viagem, com quadro agravado. Algumas dessas crianças apresentavam cardiopatias, má formação e eram prematuras, com menos de 35 semanas. O secretário da Saúde, Herbet Motta, disse que a infecção foi descartada, mas a apuração sobre a causa dos óbitos vai continuar.

- O ideal era que não ocorresse nenhuma morte, porque sabemos a dor pela qual passam as famílias. Mas, é preciso deixar claro que não abriremos mão da investigação.

Investigação

Com a morte dos bebês, o Ministério Público de Alagoas pede explicações sobre o caso. De acordo com a promotoria, foi aberto um procedimento preparatório [que antecede o inquérito] para que entidades responsáveis pela maternidade e a polícia possam dar explicações.
A promotora responsável, Micheline Tenório, afirmou que o procedimento foi aberto na quarta-feira (28) e na quinta-feira (29) foram enviados os ofícios pedindo as explicações. Ao secretário de Saúde do Estado será pedida a abertura de uma auditoria para dar informações sobre as circunstâncias das mortes dos bebês.

O Cremal (Conselho Regional de Medicina de Alagoas), a própria maternidade e a Uncisal devem prestar esclarecimentos sobre a morte dos bebês. A promotora ainda disse à reportagem do R7 que também pediu para que seja aberto um inquérito policial.

- Todos vão enviar relatórios com informações. A gente quer que os órgãos que tenham competência nos informem sobre o que levou as crianças ao óbito. Queremos saber se foi prematuridade extrema, se houve alguma negligência, desabastecimento, desassistência ou infecção hospitalar.

0 Response to "Maternidade em que 21 bebês morreram em alagoas"

Postar um comentário