Isenção fiscal em obras da Copa será de R$ 500 milhões

A isenção de impostos na preparação do Brasil para a Copa de 2014 chegará a R$ 500 milhões para a Fifa (Federação Internacional de Futebol), comitês organizadores, entidades e demais associações envolvidas na realização do evento. As estimativas foram apresentadas nesta sexta-feira (23) pelo ministro do Esporte, Orlando Silva, no último dia de palestras do Fórum Empresarial de Comandatuba.

O objetivo, segundo Silva, é ajudar a organização da Copa a preparar o terreno para a chegada de 600 mil turistas e um efeito de R$ 28,78 bilhões na economia - sendo R$ 23,3 bi em infraestrutura e R$ 5,6 nos esportes.

- Haverá suspensão [na cobrança de tributos], isenção de alíquotas, mas a expectativa da arrecadação dos tributos é de R$ 16,7 bilhões.

Nas obras, o governo prepara a concessão de linhas de crédito junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e à Caixa para financiamento de projetos de melhorias aos municípios que serão sede.

A prorrogação do IPI (Imposto sobre Produto Industrializado) para o setor da construção civil, até 31 de dezembro neste ano, também é defendida pelo governo como uma ação preparatória para a Copa.

- Queremos que o país inteiro participe, mas os municípios terão que fazer a sua parte, em apresentar projetos de melhorias. Nosso objetivo é estimular com recursos federais, mas também deixar a responsabilidade com cada município.

A expectativa de criar 400 mil empregos é um dos desafios que o governo deve enfrentar, frente à urgência na qualificação dos profissionais para a Copa. De acordo com o ministro, a presença da iniciativa privada deverá ser integrada às atividades públicas.

A necessidade de melhorias no transporte aéreo foi motivo de discussão entre empresários e políticos favoráveis à privatização dos aeroportos. Silva evitou ser taxativo em relação ao tema, mas afirmou que o governo deve fazer um pronunciamento em breve sobre o tema.

O deputado Cândido Vaccarezza, líder do governo na Câmara, chegou a ser vaiado por empresários ao defender que os aeroportos brasileiros são do mesmo nível que os internacionais.

Ele argumentou que às vezes não se observa “que não existe grande diferença de qualidade dos serviços oferecidos nos aeroportos no resto do mundo”, para rebater as acusações de que o governo não prosseguiu com as discussões em torno das privatizações no setor.

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