Curiosidades de Minas

Rio - Responsável por fornecer mais de uma tonelada de cocaína por mês a outras favelas do Rio, movimentando R$ 10 milhões, a quadrilha do Complexo do Alemão sofreu este domingo um duro golpe. Policiais da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) apreenderam uma tonelada de maconha, avaliada em R$ 600 mil, na Rodovia de Presidente Dutra, em Comendador Soares. A droga, com essência de menta, estava escondida em uma carreta sob 26 toneladas de cebola e fora encomendada em Itaugua, no Paraguai, de onde vem 90% da maconha que entra no Brasil, segundo a Polícia Federal.

“O trabalho começou na investigação a uma quadrilha de assaltos a bancos. Ela se esconde no Alemão, aluga armas dos traficantes para cometer os roubos e, em troca, divide parte dos lucros. É com esse dinheiro que os chefes do Alemão compram mais drogas”, explicou o delegado Marcelo Martins

A investigação começou há dois meses. Oito ladrões de banco estão identificados e com prisão decretada. O chefe do grupo é chefiado por Valmir Bernardo da Silva, o Parazão.

O caminhão, com placa do Paraná, foi encontrado estacionado num posto de gasolina. A primeira parada seria na favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, para entregar 20% da maconha. A polícia acredita que o motorista, que não foi localizado, não seguiu viagem por causa da operação que deixou seis mortos na Maré. De lá, a droga iria para o Alemão.

Segundo o delegado Marcelo Martins, durante a investigação, policiais descobriram que Fabiano Anastácio da Silva, o FB, chefe do tráfico do Complexo da Penha, e Luciano Martiniano da Silva, o Pezão, do Alemão, arrendaram ruas das comunidades a bandidos de favelas ocupadas por Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs). Limitando um espaço para cada um, FB e Pezão evitariam uma disputa interna pelo controle das bocas de fumo. E em troca, cada novo gerente só pode comprar drogas com eles.