Empresa retoma operação para conter vazamento nos EUA



A empresa britânica British Petroleum (BP), responsável pela plataforma que afundou no golfo do México, no dia 22 de abril, retomou na noite desta quinta-feira (27) a operação para tentar conter o vazamento de petróleo a 1.500 m de profundidade.

A técnica utilizada pela BP, conhecida como 'top kill' (matar por cima, em tradução livre), consiste em bombear líquido pesado até o poço danificado no fundo do mar para, em seguida, fechar a válvula com o uso de cimento.

Nesta quinta-feira, a Guarda Costeira dos Estados Unidos chegou a anunciar que a empresa tinha conseguido interromper o fluxo de petróleo, mas a informação não chegou a ser confirmada pela BP.

Imagens transmitidas ao vivo do fundo do mar mostram que o líquido que escapa da válvula danificada já não é mais tão escuro como antes. Os trabalhos chegaram a ser interrompidos quando engenheiros da BP constataram que muito do líquido pesado estava vazando junto com o petróleo.

De acordo com a empresa britânica, a operação pode se estender por mais 48 horas.

Vazamento é o maior da história dos EUA

O vazamento de petróleo no golfo do México já é o pior na história dos Estados Unidos e superou o provocado pelo acidente do petroleiro Exxon Valdez, no Alasca, em 1989, que derramou mais de 40 milhões de litros do combustível.

A afirmação foi feita nesta quinta-feira por Marcia McNutt, diretora do Serviço Geológico dos Estados Unidos, que apontou que os cálculos preliminares assinalam que o poço aberto no golfo já derramou entre 71 milhões e 147 milhões de litros de petróleo no mar desde o acidente.

A agência calcula que o acidente despejou no mar ao redor de 1,9 milhão de litros diários desde a explosão, muito acima dos 800 mil litros estimados pela BP.

Presidente diz que vai compensar vítimas
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse em entrevista coletiva que todas as pessoas afetadas pelo vazamento de petróleo no golfo do México serão compensadas.

- Quando tudo estiver resolvido, as vítimas do desastre receberão a ajuda necessária para se reerguer. Elas receberão a ajuda que merecem.

Obama afirmou que 20 mil pessoas trabalham atualmente na região da costa sul dos Estados Unidos, seja nos esforços para deter o vazamento, seja na limpeza do oceano ou de praias atingidas pelo petróleo.

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