Brasileira a bordo de navio atacado diz que ouviu tiros durante confronto

A brasileira Iara Lee, que estava na frota interceptada por forças israelenses a caminho da Faixa de Gaza nesta segunda-feira, disse que só ouviu os tiros durante a abordagem que terminou com pelo menos nove mortes.

Iara está presa na cadeia da cidade de Bersheeva, no sul de Israel, a 80 km de Jerusalém. Ela está presa e tem ajuda da Embaixada do Brasil em Israel.

Ela está bem e não foi ferida.

Em entrevista por telefone a Ari Peixoto, ela disse que os ativistas já esperavam alguma confrontação com tropas de Israel.

"Foi uma coisa surpreendente porque foi no meio da noirte, na escuridão, em águas internacionais, porque a gente sabia que ia haver uma confrontação, mas não nas águas internacionais", disse ela.

"A primeira tática deles foi cortar todas as nossas comunicações por satélite, aí eles atacaram", contou.

Ela relatou que, na hora em que os israelenses começaram a invadir, eles mandaram todas as mulheres para a parte de baixo. "O máximo que eu presenciei foram os tiros", disse. "Eles entraram e começaram a atirar nas pessoas."

Ela contou que os soldados disseram que os ativistas eram terroristas.

Iara não quis deixar o país voluntariamente e aguarda para ser deportada. Ela afirmou que planeja voltar ao Brasil e depois voltar aos EUA e continuar as mobilizações.

"A verdade é que a justiça não será atingida de maneira brusca e temos de continuar trabalhando", disse.

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