Após dois meses, Niterói tem 800








A tragédia em consequência das chuva que matou 167 e afetou ao menos 183.545 moradores de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, completa dois meses nesta segunda-feira (7). Cerca de 800 vítimas do temporal ainda estão alojadas em dois quartéis do Exército desativados e comprados pelo governo do Estado no mês passado.

São famílias inteiras que deixaram escolas públicas e igrejas - usadas como abrigos logo após a tragédia - e, agora, dividem alojamentos. Enquanto conjuntos habitacionais não são construídos ou o benefício do Aluguel Social (R$ 400/mês) não é liberado, as pessoas dormem em colchonetes. Televisão é único bem permitido, além de objetos de uso pessoal. Quem não perdeu móveis na enxurrada é obrigado a deixá-los guardados no depósito da prefeitura, onde estão embalados e etiquetados.

Os banheiros também são coletivos. A entrada e a saída são controladas 24 horas. Visitas de parentes e amigos são liberadas somente duas vezes ao dia em horários determinados. Uma equipe de segurança particular monitora esses abrigos, segundo um agente, "para garantir a ordem entre pessoas de comunidades diferentes".

Apesar do desconforto, a maior queixa é em relação à qualidade da comida. Segundo alguns, ouvidos pela reportagem do R7, os alimentos são mau temperados e até crus. De acordo com a Prefeitura de Niterói, uma empresa especializada foi contratada para preparar as refeições em uma cozinha industrial no local. Os funcionários servem café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Quem não estiver nos quartéis nos horários em que a refeições são servidas pode deixá-las reservadas.


A tragédia em consequência das chuva que matou 167 e afetou ao menos 183.545 moradores de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, completa dois meses nesta segunda-feira (7). Cerca de 800 vítimas do temporal ainda estão alojadas em dois quartéis do Exército desativados e comprados pelo governo do Estado no mês passado.

São famílias inteiras que deixaram escolas públicas e igrejas - usadas como abrigos logo após a tragédia - e, agora, dividem alojamentos. Enquanto conjuntos habitacionais não são construídos ou o benefício do Aluguel Social (R$ 400/mês) não é liberado, as pessoas dormem em colchonetes. Televisão é único bem permitido, além de objetos de uso pessoal. Quem não perdeu móveis na enxurrada é obrigado a deixá-los guardados no depósito da prefeitura, onde estão embalados e etiquetados.

Os banheiros também são coletivos. A entrada e a saída são controladas 24 horas. Visitas de parentes e amigos são liberadas somente duas vezes ao dia em horários determinados. Uma equipe de segurança particular monitora esses abrigos, segundo um agente, "para garantir a ordem entre pessoas de comunidades diferentes".

Apesar do desconforto, a maior queixa é em relação à qualidade da comida. Segundo alguns, ouvidos pela reportagem do R7, os alimentos são mau temperados e até crus. De acordo com a Prefeitura de Niterói, uma empresa especializada foi contratada para preparar as refeições em uma cozinha industrial no local. Os funcionários servem café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Quem não estiver nos quartéis nos horários em que a refeições são servidas pode deixá-las reservadas.

A tragédia em consequência das chuva que matou 167 e afetou ao menos 183.545 moradores de Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, completa dois meses nesta segunda-feira (7). Cerca de 800 vítimas do temporal ainda estão alojadas em dois quartéis do Exército desativados e comprados pelo governo do Estado no mês passado.

São famílias inteiras que deixaram escolas públicas e igrejas - usadas como abrigos logo após a tragédia - e, agora, dividem alojamentos. Enquanto conjuntos habitacionais não são construídos ou o benefício do Aluguel Social (R$ 400/mês) não é liberado, as pessoas dormem em colchonetes. Televisão é único bem permitido, além de objetos de uso pessoal. Quem não perdeu móveis na enxurrada é obrigado a deixá-los guardados no depósito da prefeitura, onde estão embalados e etiquetados.

Os banheiros também são coletivos. A entrada e a saída são controladas 24 horas. Visitas de parentes e amigos são liberadas somente duas vezes ao dia em horários determinados. Uma equipe de segurança particular monitora esses abrigos, segundo um agente, "para garantir a ordem entre pessoas de comunidades diferentes".

Apesar do desconforto, a maior queixa é em relação à qualidade da comida. Segundo alguns, ouvidos pela reportagem do R7, os alimentos são mau temperados e até crus. De acordo com a Prefeitura de Niterói, uma empresa especializada foi contratada para preparar as refeições em uma cozinha industrial no local. Os funcionários servem café da manhã, almoço, café da tarde e jantar. Quem não estiver nos quartéis nos horários em que a refeições são servidas pode deixá-las reservadas.

Com a chuva da semana passada, os moradores dos abrigos tiveram uma surpresa desagradável, segundo Bárbara Nicolau Pinheiro, de 31 anos.

- Quando a chuva apertou, alguns quartos foram invadidos por lama e até por água de esgoto, que transbordou. A empresa de limpeza que trabalha para a prefeitura veio aqui e limpou, mas, na hora, uma menina que estava no quarto com quatro crianças teve que sair às pressas com tudo, por exemplo. Lembramos logo da tragédia que vivemos.

Bárbara é ex-moradora do morro do Bumba, no bairro Viçoso Jardim, onde 45 corpos foram retirados da terra, lixo e escombros de casas que deslizaram na noite de 7 de abril. Ela está desempregada e vive com outras cinco pessoas da família em um dos alojamentos. Já recebeu a primeira parcela do Aluguel Social, mas até agora não achou casa para ser alugada por R$ 400.

- Depois de perder tudo, meu medo é ter que sair daqui também. Não tenho para onde ir e não acho casa neste valor. Os preços subiram muito. A assistente social já me disse que quem receber o dinheiro do Aluguel Social e continuar no abrigo pode ter o benefício cortado. Não sei o que fazer.

A prefeitura confirmou que a desocupação dos abrigos será feita à medida que o benefício é pago. A assessoria de imprensa revelou ainda que uma checagem geral está sendo feita nos cadastros de pagamento do benefício para evitar que mais de uma pessoa da mesma família receba o dinheiro.

Segundo o órgão, 3.164 famílias já receberam o Aluguel Social. O pagamento do benefício de junho ainda não está completamente definido e será divulgado em breve. O cadastramento está suspenso temporariamente.

Ainda de acordo com a Prefeitura de Niterói, 93 famílias - a maioria do morro do Bumba - já ocupam os apartamentos populares do condomínio Várzea das Moças. Outras 2.000 residências em vários bairros devem ser construídas nos próximos meses para atender às vítimas da chuva. Os projetos já estão sendo estudados.


O orçamento será com recursos do município, do Estado e do Ministério da Integração Nacional.
Com a chuva da semana passada, os moradores dos abrigos tiveram uma surpresa desagradável, segundo Bárbara Nicolau Pinheiro, de 31 anos.

- Quando a chuva apertou, alguns quartos foram invadidos por lama e até por água de esgoto, que transbordou. A empresa de limpeza que trabalha para a prefeitura veio aqui e limpou, mas, na hora, uma menina que estava no quarto com quatro crianças teve que sair às pressas com tudo, por exemplo. Lembramos logo da tragédia que vivemos.

Bárbara é ex-moradora do morro do Bumba, no bairro Viçoso Jardim, onde 45 corpos foram retirados da terra, lixo e escombros de casas que deslizaram na noite de 7 de abril. Ela está desempregada e vive com outras cinco pessoas da família em um dos alojamentos. Já recebeu a primeira parcela do Aluguel Social, mas até agora não achou casa para ser alugada por R$ 400.

- Depois de perder tudo, meu medo é ter que sair daqui também. Não tenho para onde ir e não acho casa neste valor. Os preços subiram muito. A assistente social já me disse que quem receber o dinheiro do Aluguel Social e continuar no abrigo pode ter o benefício cortado. Não sei o que fazer.

A prefeitura confirmou que a desocupação dos abrigos será feita à medida que o benefício é pago. A assessoria de imprensa revelou ainda que uma checagem geral está sendo feita nos cadastros de pagamento do benefício para evitar que mais de uma pessoa da mesma família receba o dinheiro.

Segundo o órgão, 3.164 famílias já receberam o Aluguel Social. O pagamento do benefício de junho ainda não está completamente definido e será divulgado em breve. O cadastramento está suspenso temporariamente.

Ainda de acordo com a Prefeitura de Niterói, 93 famílias - a maioria do morro do Bumba - já ocupam os apartamentos populares do condomínio Várzea das Moças. Outras 2.000 residências em vários bairros devem ser construídas nos próximos meses para atender às vítimas da chuva. Os projetos já estão sendo estudados. O orçamento será com recursos do município, do Estado e do Ministério da Integração Nacional.

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